quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Pq Alvamar II é capa do Jornal O Diario.

                                                                             foto: Douglas Marçal
Destruição causada pela enxurrada no Parque Alvamar, limite entre Sarandi e Maringá; asfalto, calçadas e muros foram arrancados pela correnteza

A enxurrada passou de um metro de altura no final da tarde de terça-feira no cruzamento das ruas João Marangoni e João Gomes Redondo, na área comercial do Parque Alvamar, em Sarandi, próximo ao limite com Maringá, invadiu casas e lojas e arrancou quase dois quarteirões do asfalto da João Redondo.
A cena já se tornou comum desde que se intensificaram as chuvas de verão. "Cada vez que arma uma chuva, a gente já sabe que vem problema", diz o metalúrgico Claytson Flávio Garbe, funcionário, enquanto ajudava colegas de trabalho a tirar parte da lama levada pelas águas para dentro da empresa em que trabalha.
"Tudo aqui dentro ficou invadido pelo lamaçal, um motoqueiro que passava alí pela Rua João Marangoni foi arrastado com moto e tudo, só parou na esquina de lá, embaixo de um caminhão", conta.
Ao lado da metalúrgica, a enxurrada arrancou a calçada e deixou um buraco com mais de um metro de profundidade com cerca de 15 metros de comprimento. O ponto de ônibus existente no que já foi uma calçada agora equilibra-se em um bloco de concreto. O asfalto da João Redondo foi arrancado desde a João Marangoni até dois quarteirões abaixo.

Metalúrgico
Alessandra Alegre dos Anjos, moradora do Parque Alvamar que trabalha em um bufê infantil em Maringá, foi chamada com urgência e ao chegar em casa, junto com o marido, Fernando, encontrou a casa com mais de 20 centímetros de enxurrada em todos os cômodos.
A força da água que passou pelo quintal foi tanta que derrubou o muro dos fundos. Dois guarda-roupas, estante, cômoda, criado-mudo e outros objetos da residência ficaram danificados.
A casa geminada do casal dos Anjos, na Rua Francisco Fernando Cara, fica em frente a um terreno da prefeitura, onde foi construída uma caixa para recebimento da tubulação que desce de outros bairros, como o Independência e o Panorama, porém a caixa é insuficiente para tal volume de água, que extravasa e invade as casas vizinhas.
"Há tempos que cobramos uma solução, ouvimos promessas e tudo continua do mesmo jeito", disse Alessandra, que ontem foi com o marido à prefeitura para mais uma vez pedir providências. O casal dispõe de fotografias, vídeo e várias testemunhas para levar a prefeitura à Justiça e cobrar indenização pelos prejuízos.

Reclamação
"O que revolta é que fazem pouco caso quando pedimos providência", diz Osmar de Oliveira, também morador na Rua Francisco Cara. Segundo ele, todas as vezes que a prefeitura é cobrada, o secretário de Urbanismo e o diretor de Serviços Públicos garantem que vão tomar providências, mas tudo continua do mesmo jeito.

Fonte: Jornal o Diário.

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