“Nós brigamos lá dentro por todos os que receberam o comunicado de demissão, sem exceção.
Vai sair um documento oficial regulamentando isso: os que receberam o comunicado de demissão não vão ser demitidos.
Essa foi a nossa prioridade, porque eu, particularmente, não iria ficar satisfeito, ainda que a gente continuasse e tudo, se 1.100 famílias ficassem sem levar o seu pão para casa”, disse Oliveira.
Ele lembrou que o sindicato já assinou acordo coletivo da categoria e que, portanto, não há mais possibilidade de “lutar por aumento salarial no momento”.
“Não há o amparo jurídico, nós conversamos com o defensor público, o defensor público viu, a gente viu, os advogados nossos estavam lá, não há amparo jurídico para a gente fazer essa negociação sem o sindicato, só que o sindicato já fez a besteira.
Agora a gente vai decidir a categoria. Gari é que tem que decidir a situação de gari”.
O gari Samuel Teles, que estava na manifestação, acusou a Comlurb de perseguição aos grevistas.
“Segundo a empresa, já estamos demitidos. Não só eu, como vários garis que estão sendo mandados embora sem nenhum tipo de justificativa, via texto, um texto até mal elaborado”.
Ele mostrou a mensagem de texto recebida por vários trabalhadores, que diz: “Comlurb informa: compareça a [sic] sua gerência para tratar do seu desligamento”.
Edição: Denise Griesinger