sábado, 23 de abril de 2016

A justa cacetada que Dilma deu nos Estados Unidos

Foi um dos maiores momentos da história diplomática nacional – se não o maior – o discurso de Dilma hoje na ONU.
A justa, exata, forte pancada na espionagem americana simboliza um país que cansou de se colocar de joelhos perante a predação americana.
Os Estados Unidos abusaram da paciência não apenas do Brasil – mas do mundo. Se fosse um filme, eles fariam o papel de policial – mas um policial que, nos bastidores, é um criminoso intensamente perigoso.
A fala de Dilma consagra, também, o bravo Snowden, o jovem americano que sacrificou uma vida mansa no Havaí para expor ao mundo um esquema de espionagem planetário de extrema delinquência.
Não é de hoje que a política externa americana é um horror. Leia – recomendo vivamente – “A História do Povo Americano”, de Howard Zinn.
Nas Filipinas, no México, em Cuba, na Coreia, na Guatemala, no Irã, no Vietnã, no Iraque, no Afeganistão, em tudo que é lugar em que se meteram os Estados Unidos levaram praticamente desde sua independência destruição e exploração. Com sua política predatória sistemática no Oriente Médio, os americanos acabaram por se tornar uma fábrica de terroristas: jovens islâmicos em quantidade crescente se revoltam, se radicalizam e, desesperados, morrem e matam em seu ódio aos Estados Unidos.
É tal a raiva que os americanos despertam no mundo árabe que cresceram lá extraordinariamente, nos últimos meses, atentados de soldados locais treinados por tropas ocidentais. Teoricamente aliados, tais soldados simplesmente se viram e atiram contra forças americanas, britânicas etc.
No próprio Brasil, os americanos tiveram participação expressiva – com a famigerada CIA — no golpe militar que acabaria transformando o país no campeão mundial da iniquidade.
Os horrores americanos apenas se tornaram mais claros hoje graças à disseminação ampla de informações pela internet.
É neste quadro novo que entra o Wikileaks, que mostrou a guerra do Iraque como ela é, e não como os americanos fingiam que era.
E é aí também que brilha Snowden.
Snowden, caçado, ajudou as pessoas a entender melhor o mundo. De quantas pessoas se pode dizer o mesmo?

Ofendido, ator José de Abreu cospe na cara de cliente de restaurante em São Paulo

O ator global José de Abreu foi um dos protagonistas de uma briga com xingamentos e cuspe na cara de um casal em um restaurante de São Paulo na noite desta sexta-feira. A briga começou porque o homem teria insultado o artista ao dizer "Vota no PT e vem comer no japonês!".

O ator contou sua versão do fato em sua conta no Twitter, onde afirma que a agressão foi gratuita, covarde e atingiu também sua mulher, que foi chamada de vagabunda.

''Acabei de ser ofendido num restaurante paulista. Cuspi na cara do coxinha e da mulher dele! Não reagiu! Covarde. Advogado carioca…'', afirma. ''Homem nenhum vai me chamar de ladrão sem levar o troco. Venha armado ou em grupo. Tenho 70 anos de dignidade'', completa.

José de Abreu diz ainda que o troco ao insulto foi uma homenagem ao deputado federal Jean Wyllys, que foi um dos assuntos da semana durante a votação na Câmara que decidiu pela abertura do processo de impeachment. O parlamentar também cuspiu na direção do polêmico parlamentar Jair Bolsonaro, que enalteceu o ex-chefe de um dos órgãos de repressão da ditadura militar.

A briga entre José de Abreu e o suposto advogado foi gravada por outros clientes do restaurante e compartilhada pelas redes sociais, mas ninguém saiu em defesa de nenhuma das partes no momento do ocorrido. A atitude do artista vem provocando  reações de apoio e indignação desde que o evento foi divulgado nas redes e pela imprensa.

Na manhã deste sábado o ator twitou ainda: ''Uma pessoa geralmente odeia você por 3 motivos: 1) Querem ser você. 2) Odeiam a si próprios. 3) Veem você como uma ameaça.''

Mãe Dilma

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Lula diz que chorou três vezes durante votação do impeachment


Com os olhos cheios de lágrimas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez petistas chorarem na manhã desta terça-feira (19) ao descrever o comportamento da presidente Dilma Rousseff durante a sessão da Câmara dos Deputados que deu prosseguimento ao processo de impeachment, na noite de domingo (17).
O relato foi feito em uma reunião com o comando do partido. Lula contou que, sem se alterar, Dilma pediu que seus auxiliares o consolassem. O ex-presidente contou ter saído três vezes da sala onde assistia à votação para chorar. Nas três vezes, Dilma ficou impassível e recomendou que seus assessores o acompanhassem.
"Cuidem do presidente", recomendou Dilma, segundo a versão de Lula.
O ex-presidente lembrou as adversidades que enfrentou para fundar o PT e disse não acreditar que seus colegas de partido tenham que superar tantos obstáculos atualmente.
De acordo com participantes da reunião, Lula reconheceu os erros que cometeu na composição de alianças e se disse traído por deputados com quem conversou antes da votação para impedir a derrota do governo. O petista, ainda de acordo com os presentes, chegou a chamar ministros de "canalhas".
O petista teria afirmado que a única explicação para a aprovação do pedido de impeachment pelos deputados é uma possível costura de um acordo para enterrar as investigações da Lava Jato. Dos 21 parlamentares atualmente com mandato na Câmara e que são alvo da apuração, 16 votaram a favor da destituição de Dilma Rousseff.
"Ele disse que não é contra Lava Jato. Quem quer enterrar a Lava Jato são os golpistas", afirmou Gilney Viana, ex-deputado federal e militante do PT no Distrito Federal
O comando do PT reteve o aparelho de celular dos participantes do encontro. A medida foi tomada para impedir que os petistas divulgassem o teor do debate ainda com a reunião em andamento.
Lula recomendou ao partido questionar a legitimidade de um eventual governo de Michel Temer (PMDB-SP), criticando o fato de o vice-presidente estar montando uma equipe sem que a presidente Dilma tenha sido afastada.
O ex-presidente avaliou que a campanha contra Temer deverá perdurar até 2018, quando ocorrerão novas eleições.
Lula pregou oposição a Temer desde já, mas sugeriu que o movimento não seja agressivo para que o PT não seja responsabilizado na hipótese de um fracasso do governo peemedebista.

"Estão querendo acabar com o PT e isso pode acontecer principalmente porque a opinião e a vontade do pobre não tem nenhum valor, por que se a opinião do pobre tivesse valor, isso não aconteceria" - Alfredo Peres